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Escutar antes de dormir uma música 'grudenta' pode interferir na qualidade do sono, sugere estudo

Mesmo sons instrumentais, se tiverem uma “melodia que gruda”, podem interferir mais na qualidade do sono do que músicas com canto.

Música "Shake it off", da cantora Taylor Swift, é citada em estudo sobre música antes de dormir — Foto: AFP PHOTO / CORTESIA DA ABC

Música e sono, ao contrário do que muitas pessoas supunham, não são a combinação ideal. De acordo com um novo estudo, ouvir música antes de dormir pode aumentar as chances de ter distúrbios do sono.

O estudo, publicado na Psychological Science, demonstrou que a música não desestimula o cérebro, pelo contrário. Segundo os pesquisadores, mesmo adormecido, o cérebro continua a processar música por várias horas, mesmo depois que a música para.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores do Departamento de Psicologia e Neurociências, da Universidade de Baylor nos Estados Unidos, investigaram a relação entre ouvir música e dormir, focando em um mecanismo raramente explorado: imagens musicais involuntárias e que se repetem continuamente na mente de uma pessoa.

Esse mecanismo é chamado de "earworms", em inglês - algo como "melodia que gruda" em português.

Segundo os pesquisadores, já era sabido que algumas músicas ou melodias podiam ficar se repetindo continuamente na mente das pessoas enquanto elas estavam acordadas, mas o estudo demonstrou que o efeito também acontece enquanto dormimos.

Além disso, a investigação também revelou que a capacidade da música instrumental de gerar uma “melodia que gruda” e interferir na qualidade do nosso sono é maior do que as músicas líricas (que possuem falas).

Música instrumental pode atrapalhar o sono
Para encontrar a relação entre as oscilações do sono e o hábito de ouvir música antes de dormir ou nas horas que antecedem o sono, o estudo questionou os participantes sobre seus hábitos diários e também realizou um experimento de laboratório.

Ouvir música antes de dormir pode interferir na qualidade do sono, segundo estudo. — Foto: Divulgação

A primeira parte do estudo contou com a participação de 209 pessoas que preencheram questionários sobre a qualidade do sono, hábitos de ouvir música e frequência com que apareciam “melodias que grudam” na cabeça, incluindo a regularidade que frase musical surgia na cabeça antes de dormir e, novamente, ao acordar.

Já no estudo experimental, os pesquisadores tentaram induzir 50 participantes a ficarem com uma determinada melodia na cabeça para determinar como isso afetava a qualidade do sono.

Por isso, os participantes tiveram que ouvir três canções populares, tanto na versão com voz quanto na instrumental antes de pegar no sono. As músicas escolhidas foram: "Shake it off", da cantora Taylor Swift, "Call me maybe", de Carly Rae Jepsen e "Don't stop believin", da banda Journey.

Para medir as ondas cerebrais dos participantes durante o sono, os pesquisadores utilizaram a polissonografia, um teste que mede a atividade respiratória, muscular e cerebral (além de outros parâmetros) durante o sono.

Após acordarem, os participantes responderam se e quando experimentaram a sensação de ficar com uma frase musical girando na cabeça. Paralelamente, os pesquisadores analisaram a qualidade do sono dos participantes.

De acordo com os resultados observados, as pessoas que ficaram com uma determinada frase se repetindo na mente tiveram maior dificuldade em adormecer, ficaram mais despertas e passaram mais tempo em estágios leves do sono, se comparado com o grupo que não ficou com as músicas na cabeça.

“Descobrimos que a música instrumental aumentou a incidência de ‘melodias que grudam’ e que isso piorou a qualidade do sono medida pela polissonografia”, explicam os pesquisadores.

O fato dos participantes terem relatado que a presença de "earworms" ao despertar, sugere que o cérebro, mesmo adormecido, continua a processar informações, reativando a memória recente.

“O estudo comprovou que alguns tipos de música podem interromper o sono noturno, induzindo ‘melodias que grudam’ de longa duração e que são perpetuadas por processos em que a memória espontânea é reativada”, afirmam os pesquisadores.

Para ter uma boa noite de sono os pesquisadores indicam que não sejam feitas atividades que estimulem o cérebro, como ouvir música, mexer no celular, jogar videogame ou ver televisão.

Fonte: G1

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