Famosa pelos versos de "O amor e o poder", seu maior hit — e um clássico dos anos 80 —, a cantora Rosana (que tirou o "h" do fim do nome, recentemente) está de volta com novo álbum. E o primeiro single é em parceria com o filho, o rapper Davy Fiengo.
— Eu me afastei da mídia, por várias razões, e não ia voltar. Voltei para dar uma força para o meu filho. Ele manda bem no rap, não é papo de mãe. Na verdade, eu não queria que Davy seguisse por esse caminho. A vida do artista no Brasil é muito sacrificada. Eu, por exemplo, sempre fui muito atacada, sempre fizeram muita polêmica com meu nome e com meu repertório. Sofri muito e não queria que ele passasse por isso — desabafa a cantora: — Mas acontece que ele ama fazer rap, e eu não tive saída senão apoiá-lo. A gente faz tudo por um filho, né? Então, vou usar a minha popularidade para ajudá-lo.
A música de Rosana e Fiengo se chama "Eu bem que te avisei", e traz os versos: "Pare agora/ Não diga que eu não te avisei/ Nesse filme sou a deusa/ Que você nunca vai ter/ Eu bem que te avisei", numa alusão a "O amor e o poder", que lhe rendeu a alcunha de "deusa".
— Minha mãe é muito talentosa, uma mulher f..., que marcou a música no Brasil. Eu, como filho, nem acredito! Fico de cara com o que ela conquistou — elogia Fiengo.
Rosana durante a gravação do clipe de “Eu bem que te avisei” com o filho, o rapper Fiengo Foto: Divulgação
O novo álbum de Rosana, ainda sem título, é um projeto do selo Lab 344 e traz seis composições inéditas de nomes como Wado, Zeca Baleiro, Kassin, Parde2 e Gabriel Moura. “Eu bem que te avisei”, lançada nesta quinta-feira, foi escrita por Sergiopí, Bombom e Hiroshi Mizutani, trio que também assina a produção do disco, que chega para lembrar os 15 anos da Lei Maria da Penha.
— A canção fala sobre a violência contra a mulher, abuso. Acho que a violência psicológica machuca tanto quanto a física. A letra é forte, e a melodia, leve, dançante. É viciante — opina a cantora.
Segundo Rosana, o single não tem nada de autobiográfico.
— Não há uma história pessoal ali, mas muita gente vai se identificar — acredita a artista, que, após passar anos se dividindo entre o Brasil e a Suíça, onde tem uma casa, instalou-se no Rio, em Jacarepaguá, desde o início da pandemia.
O clipe tem “uma atmosfera meio sombria”, segundo a cantora Foto: Divulgação
Fonte: extra
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