O grupo, formado por Björn Ulvaeus, Agnetha Fältskog, Anni-Frid Lyngstad e Benny Andersson, planeja um 'show revolucionário'
Da esquerda para a direita: Björn Ulvaeus, Agnetha Fältskog, Anni-Frid Lyngstad e Benny AnderssonREPRODUÇÃO/INSTAGRAM
A lendária banda de pop sueca ABBA retorna nesta sexta-feira com um novo álbum, Voyage, após um hiato de 40 anos, e planeja um "show revolucionário", com hologramas de seus integrantes, em Londres.
Desde o seu último álbum de estúdio, em 1981, e sua separação, em 1982, o lendário grupo, que tem dezenas de milhões de álbuns vendidos, não havia lançado nenhum material.
O anúncio de seu retorno, feito em setembro, durante uma cerimônia celebrada em grande estilo em várias capitais, rapidamente se espalhou pelo mundo, após anos de especulações.
E, na madrugada de quinta para sexta-feira, os fãs do grupo em todo o mundo ouviram finalmente as novas composições.
"Não soa antigo, não parece algo feito há 40 anos", declarou a fã Emilie de Laere em uma festa organizada em Estocolmo para ouvir o retorno da banda.
Voyage, com 10 canções, é o resultado inesperado de um projeto no qual o ABBA trabalha há anos: um show com hologramas "revolucionários". Alguns pontos permanecem um mistério, mas uma coisa é certa: quem cantará será o ABBA de hoje, cujos integrantes vão controlar os movimentos de seus avatares, que terão a aparência deles em 1979.
Foi durante a preparação desse projeto – em colaboração com a empresa de efeitos especiais do pai de Guerra nas Estrelas, George Lucas – que surgiu a ideia de eles voltarem a fazer músicas juntos. Em 2018, o ABBA confirmou os rumores de seu retorno aos estúdios, e sabia-se que o grupo estava gravando pelo menos duas músicas novas.
Benny Andersson, 74, e Björn Ulvaeus, 76, têm promovido o álbum nas últimas semanas, enquanto Agnetha Fältskog, 71, e Anni-Frid Lyngstad, 75, optaram por ficar de fora.
Comparações
Três das dez canções do álbum já haviam sido divulgadas: I Still Have Faith In You, Don't Shut Me Down e uma versão atualizada de Just a Notion, gravada em 1978 mas que não havia sido lançada.
Depois de sucessos como Waterloo, Dancing Queen, Mamma Mia, The Winner Takes It All, Money Money Money, o novo álbum não sofrerá comparações com a época de ouro do ABBA?
“Não temos que provar nada. O que importa se as pessoas acham que éramos melhores antes?”, comentou Benny Andersson em entrevista ao jornal sueco Dagens Nyheter. "Se o álbum não fosse bom o suficiente, não teríamos feito nada."
Para Jean-Marie Potiez, um dos maiores especialistas no grupo, "as vozes de Agnetha e Anni-Frid perderam as notas altas, o que é normal nessa idade, mas ganharam profundidade e sensibilidade. Quando as duas cantam juntas, é o som do ABBA".
Apesar dos anos e dos dois divórcios – Björn e Agnetha e Benny e Anni-Frid foram casados por anos –, os quatro permaneceram bons amigos.
Voyage, o nono álbum de estúdio da banda, será o seu último, confirmaram os dois "Bs" em entrevista ao The Guardian no mês passado.
Via: R7
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